quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ESTAÇÕES CLIMÁTICAS DEVERIAM SER MUDADAS

O sol intenso e o forte calor que tem feito nos últimos dias, exatamente a partir da entrada do outono, no dia 21 de março, quando a temperatura deveria na verdade abrandar, reforça a teoria do estudioso em climatologia Arlindo de Souza Fadigas que defende  a mudança no calendário agrícola com base nas estações do ano, que de quatro – verão, outono, inverno e primavera, deveriam ser reduzidas para três estações no ano. “No Brasil e no Mundo são quatro estações de 03 meses cada, mas hoje se bem observados, são três estações de quatro meses cada. Então é preciso estudar o assunto com atenção e mudar esse quadro, estabelecendo um calendário realista que possa facilitar a vida do homem no campo” diz.
            As estações do ano no Brasil: outono (a partir de 20 de março), inverno (21 de junho), primavera (23 de setembro) e verão (21 de dezembro), na opinião de Fadigas não corresponde à realidade vivida pelo território brasileiro. “O nordeste, que é onde nós estamos, está localizado em uma região intertropical – entre o Trópico de Capricórnio e a Linha do Equador e apenas 7% das terras do país estão fora desse perímetro. Exatamente por isso as mudanças de estações quase não são percebidas, o que não ocorre na Europa, por exemplo. Lá o verão é quente e o inverno registra temperaturas abaixo de zero, neva e faz frio intenso”, observa.
            De acordo com Arlindo Fadigas para o correto aproveitamento do potencial das terras brasileiras, em especial no Nordeste deveria ser observado o quadro climático com base em três estações: primavera (setembro a dezembro), verão (janeiro a abril) e inverno (maio a agosto). Observa que na metade do último mês de cada estação, seguindo-se esse novo modelo de calendário será possível perceber a mudança de estação, o que não ocorre agora pelo sistema tradicional com quatro estações. Ressalta também que há um erro que se repete todos os anos na região de Feira de Santana em relação ao calendário agrícola.

            “A tradição diz que o plantio agrícola (feijão e milho, principalmente), deve ser feito em março, com base nas chuvas do dia de São José (23 de Março) o que não corresponde à verdade. O ideal seria começar a semear, a plantar, em abril, quando começa o período de chuvas, geralmente na metade do mês. Fadigas comunga  também como pensamento do secretário executivo do Movimento de Organização Comunitária (MOC) Naidison Quintela Batista que em reportagem publicada na Folha do Norte, em maio do ano passado, disse que “o homem do campo precisa criar cultura de estoque e adequação”.  

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